CAPÍTULO 82 — AMANDA
Aeroporto de Roma. Terminal Internacional. As luzes frias e brancas refletiam no piso encerado com um brilho artificial que fazia tudo parecer ainda mais onírico. Eu olhava para as esteiras rolantes, para as placas eletrônicas indicando destinos em dezenas de idiomas, e por dentro, eu sentia como se estivesse flutuando.
Carlos segurava minha mão com firmeza, como se soubesse exatamente para onde estava indo. Eu o seguia, os passos leves, quase dançando. Meu coração estava acelerado, mas não de medo. Era excitação. Esperança.
Estávamos no portão 16A. O voo saía em duas horas. Comprei um cappuccino na pequena cafeteria ao lado do embarque enquanto Carlos fazia o check-in. Quando ele voltou, os bilhetes estavam nas mãos dele, dobrados com cuidado.
— Tudo certo, meu amor. — ele disse, e me beijou a testa. — Daqui a pouco a nossa nova vida começa.
— Nova Iorque... — murmurei, abraçando os bilhetes. — É quase inacreditável.
— E não para por aí. — ele completou, puxando