O convite chegou no fim da tarde, quando o sol já começava a se esconder por trás do galpão. Um dos oficiais militares caminhou até Deborah, carregando uma pasta grossa cheia de formulários.
— Amanhã cedo vamos levar algumas famílias pra ver as primeiras áreas de reconstrução em Belle Rive — explicou ele. — Não é obrigatório, mas muitos querem acompanhar o processo.
Eu estava perto o bastante pra ouvir. Senti meu estômago apertar no mesmo instante. Era diferente daquela primeira visita, quando tudo estava em ruínas. Agora, haveria homens trabalhando, telhados erguidos, máquinas limpando o entulho. Talvez fosse ainda mais difícil de olhar.
June encostou a mão no meu braço, como se adivinhasse meu medo.
— Vai querer ir? — perguntou, baixo.
— Não sei — respondi.
Mas naquela noite, deitada no alojamento, entendi que precisava ver. Precisava olhar de frente o que restava e aceitar que jamais voltaria a ser igual.
O dia seguinte amanheceu com um vento frio que varria o pátio. O caminhão est