Isabela ouviu minhas palavras e sua expressão mudou de forma tão intensa que o rosto inteiro começou a tremer.
— Kiara! Você está passando dos limites! Seu pai já está nesse estado, como espera que ele se ajoelhe e bata a cabeça no chão? Você quer matá-lo!
— Então faça isso por ele. — Respondi com indiferença. — Ajoelhem-se juntos. Nesse caso, podem ficar só quinze minutos.
Carlos, tremendo de raiva, levantou a mão para me apontar. Ele tentou dizer algo, mas estava tão furioso que não conseguiu emitir uma palavra.
— Cobra... coração de cobra... mulher mais venenosa que o próprio veneno. — Gaguejou ele, com dificuldade, depois de um longo momento.
Meu rosto permaneceu impassível, mas, por dentro, o ódio borbulhava. Respondi com frieza:
— Eu posso ser venenosa, mas nunca serei pior do que você foi. Se não fosse por você roubar o negócio dos meus avós, teria conseguido aquele sucesso que tanto se gabava? Você viu na minha mãe uma oportunidade, usou palavras doces para conquistá-la, mas nu