Todo aquele final de semana que sucedeu a sexta-feira pareceu uma nuvem negra de emoções péssimas. Eu senti meu julgamento nublado por ciúmes e desconfianças fatais do pior tipo: sem embasamento e apenas fundadas em suposições.
A cada gole de vinho eu me odiava mais por estar surtando por alguém que nem era meu e que talvez nem estivesse com outra pessoa, mas William tinha fincado raízes em mim e eu não suportava mais negar isso.
Andei de um lado para o outro, quase abrindo buracos no chão do apartamento com meus trajetos, enquanto pensava em como parecia ridícula. Eu tinha rejeitado ele, não tinha? Eu tinha dito pra ele que tinha bagagem demais, tinham tentado me demitir, tinha negado suas investidas.
Ele era um homem adulto, solteiro, rico, obviamente ele tinha suas necessidades e podia suprí-las como bem quisesse. E Laura estava tentando chegar até ele há tempos, segundo o que eu soube. Talvez ela tivesse finalmente conseguido.
Deitei-me na cama segurando o travesseiro e chequei