Eu não estava acreditando nos meus olhos, aquele era mesmo o carro de William. Eu já tinha feito reservas de estacionamento pra ele várias vezes, sabia o modelo e placa de cór. Ele ficou em silêncio por alguns momentos até responder.
— Você ficaria irritada, se eu estivesse?
Suspirei jogando a cabeça pra trás e comecei a caminhar de volta para o portão.
— Eu to indo aí, William, eu vou desligar.
Encerramos a ligação e eu caminhei em direção a Mercedes preta que se destacava. Atravessei a rua com as mãos nos bolsos do meu sobretudo de sempre e, assim que eu estava perto o suficiente, William abriu a porta do carro para que eu entrasse.
Sentei-me no banco de couro legítimo, o interior do carro conseguia ser mais bonito e luxuoso do que o exterior. Coloquei o cabelo atrás da orelha e o olhei fixamente demandando uma explicação. Ele tamborilou os dedos no volante por um tempo com um sorriso tímido em silêncio.
— Eu posso explicar.
— Estou ouvindo. - Falei sem tirar os olhos dele e com mi