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Três Vezes Você

Três Vezes VocêPT

Romance
Paula Albertão  En proceso
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18Capítulos
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Resumen
Índice

Sinopsis

manipuladorSensibleEmocionalAmorRomanceFamiliaTraición

Isabel tem uma vida controlada, onde tudo que prioriza é a sua segurança e estabilidade. Tudo munda na noite em que completa 18 anos e decide ir até a casa de sua infância, agora abandonada, e encontra um rapaz de sua idade que é muito gentil e espontâneo. Esse simples fato desencadeia um evento trágico, traumatizante e que muda completamente sua vida. Após perder tudo, Isabel não sabe que caminho seguir e vê tudo pelo que lutou, sumir sem que ninguém possa fazer nada. Ela só não esperava receber uma segunda chance depois de todo o caos, como se nada tivesse acontecido.

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Último capítulo

  • 18

    Quando acordei e vi o teto, fiquei confusa. Parecia que eu estava dormindo há muito tempo, muito mais do que as horas que estava habituada. Me endireitei no sofá, alongando o pescoço dolorido e procurei o relógio na parede: três horas da manhã. Nossa, eu devia ter caído no sono assim que cheguei. Olhei a janela, afastando levemente a persiana cinza chumbo com os dedos. Lá fora a lua estava cheia, majestosa, iluminando a cidade completamente silenciosa. Meu olhar percorreu a rua lá embaixo, observando alguns carros estacionados. A cena familiar me soou um pouco estranha, mas afas

  • 17

    Saí novamente da casa, era impossível ficar com meu pai e fingir que não tinha nada acontecendo. Mamãe estava fora de perigo, mas a mágoa e a dor da traição não estavam esquecidas. O sol começava a baixar no horizonte assim que entrei na floresta, com um pouco de medo pelas sombras que se formavam, mas decidida a ir até a casa de Luciana. No fim das contas, não foi difícil de encontrar. Pouco tempo depois me deparei com duas casas simples de madeira, construídas quase lado a lado. A casa de Luciana e de Marco. Ambas mergulhadas na escuridão, com nenhuma porta ou

  • 16

    - Você não respondeu se está bem. – Marco disse no que pareceram horas depois. - De certa forma sim. – sussurrei em resposta. Não estava machucada só com o nariz dolorido, mas minha mãe estava caída na casa e eu não sabia se ia sobreviver. Sem contar que eu não sabia o quanto Gabriele estava machucada por causa daqueles monstros. E meu pai e Luciana estavam por aí, perdidos em algum lugar. - Como me achou? – perguntei um tempo depois. - Pela janela da garagem. Eu j&

  • 15

    Assim que eu abri os olhos duas sensações terrivelmente fortes me atingiram quase que simultaneamente, fazendo com que o ar me faltasse e eu me sentasse de um pulo na cama. Primeiro, a dor que parecia que partiria minha cabeça, segundo, a lembrança dos olhos castanhos brilhantes e intensos da garota que eu conhecera na noite anterior. Claro que eram conhecidos, vinham de um passado distante. Os olhos de Daren. O pânico foi seguindo pelas minhas veias até meu coração, fiquei em dúvida se meu coração acabaria explodindo com a força dos próprios batimentos, ma

  • 14

    Enquanto comemos pizza sentados no sofá assistindo um filme, qualquer preocupação foi varrida da minha mente. Apenas curti o momento familiar, que não acontecia há tanto tempo, como se fizéssemos isso sempre. Deixei minha mente fantasiar que tudo aquilo sempre esteve ali ao meu alcance. Uma vida sem grandes preocupações, a família unida no final do dia e uma pessoa legal com quem conversar. Luciana... Era inevitável pensar nela, seu rosto ficava pipocando na minha mente de tempos em tempos. - Vou passar alguns dias fora. – a voz de meu pai me levou para fora dos meus pen

  • 13

    Enquanto voltava para casa depois de me despedir de Luciana, eu ainda estava com um sorriso no rosto. Tinha certeza de que Lucas, no meu outro mundo, se comportaria da mesma forma se eu fosse mais aberta e menos receosa. Quando estávamos juntas, todas as preocupações pareciam pequenas porque eu sabia que ela sempre me estenderia a mão se eu precisasse. E claramente ela se sentia da mesma forma em relação a mim. A pose irritada e a aparente falta de vontade de falar comigo, eram apenas manifestações da chateação dela por termos ficado afastadas e por acreditar que eu poderia ter me tornado uma pessoa diferente.&n

  • 12

    - Acorde, senhorita. – a voz me fez dar um pulo – Desculpe. – ela pediu diante do meu espanto. Sentei na cama, a cabeça confusa pela noite mal dormida, e dei de cara com Gabriele. - Gabriele, e sua mãe? – perguntei num impulso, confundindo minhas memórias. - Ah... – por um instante pensei que Angélica pudesse ter morrido por causa do tiro, mas depois as memórias começaram a surgir lentamente – Meus pais morreram num acidente de carro. – Gabriele completou instantes depois numa voz meio frágil – Meus pais adotivos estão trabalhando...&nbs

  • 11

    Abri os olhos e pareciam ter se passado anos. Espreguicei jogando os braços para cima e rolei para ficar de barriga para baixo. Tinha sido o melhor sono em tanto tempo que eu não conseguia nem mensurar. Estava completamente descansada, relaxada e renovada. Me levantei e afastei as cortinas para abrir a porta que levava para a varanda. Já havia escurecido e apenas a lua iluminava as árvores ao redor. Eu podia me acostumar com aquela paisagem, viver longe do caos da cidade parecia ser muito bom. - Senhorita... – escutei a porta se abrir e dei um pulo. Eu tinha trancado, não tinha? Quando me virei meu

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18 chapters
1
Três Vezes Você/Paula Albertão
                Olhei pela janela, afastando levemente a persiana cinza chumbo com os dedos. Lá fora a lua estava cheia, majestosa, iluminando a cidade completamente silenciosa.                Era tarde, ou muito cedo, dependendo do ponto de vista. Três horas da manhã mais ou menos. Não olhei o relógio para conferir, mas percebi que estava passando a mão pelo relógio em meu pulso.                Desci a mão e deixei apenas a que estava abrindo espaço para o mundo exterior. Meu olhar percorreu a rua lá embaixo, havia alguns carros velhos estacionados aleatoriamente, e estavam lá há muito tempo. Me perguntei se por acaso alguém podia estar usando-os de abrigo aquela noite.   &n
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2
Três Vezes Você/Paula Albertão
                 Acordei de um breve cochilo no sofá para ir trabalhar meu último dia daquela semana. Por um momento apenas sentei e passei a mão pelo pescoço enrijecido pela má postura, e pensei nos acontecimentos da madrugada.                Agora, com a luminosidade transpassando levemente pelas persianas, tudo parecia muito distante. Como um sonho ou uma memória do passado.                Me levantei e fui pegar meu uniforme em cima da cama: apenas uma camiseta de gola branca e uma calça jeans, nada demais.                Não comia em casa nunca, então apenas escovei os dentes e prendi meu cabelo. Quando me olhei no espelho, avaliei q
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3
Três Vezes Você/Paula Albertão
                Quando o carro me deixou na frente do prédio no final do dia, eu estava exausta. Não tanto fisicamente, mas muito mentalmente.                Subi as escadas desanimada depois de acenar para o Sr. Sales, que logo iria para casa, e atravessei meu corredor escuro observando a luz da televisão da Sra. Fring.                Abri a porta do meu apartamento, subitamente feliz por estar em casa. Era pequeno, bagunçado e sem luxo, mas era seguro. Sem querer pensar que aquilo só era possível por causa do meu trabalho, fui até o banheiro.                Deixei que a água morna e sem pressão caísse pelo meu corpo, e minha mente vag
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4
Três Vezes Você/Paula Albertão
                Quando destranquei a porta do apartamento não consegui acreditar no que tinha feito. Mas ali estávamos nós. Tínhamos andado juntos até meu prédio e subido as escadas, sem que Daren questionasse o motivo de eu não usar o elevador, atravessado o corredor e entrado.                Era a primeira vez que alguém entrava ali e por mais que a ideia tivesse sido minha, me sentia um pouco exposta, então enquanto Daren varria o lugar com os olhos, fui até a cozinha e comecei a pegar os ingredientes da geladeira meio torta e dos armários velhos.                Daren se encostou no vão da porta e ficou me observando. Era estranho ter outra pessoa ali, acompanhando meus movimentos com os olhos, aten
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5
Três Vezes Você/Paula Albertão
                Quando abri os olhos no dia seguinte, por um instante, não soube onde estava. Fiquei desorientada até que as lembranças da noite anterior surgiram na minha mente.                Daren e eu nos beijamos por um tempo infinito e depois o sono veio. Meus olhos começaram a pesar e, embora eu não quisesse me desgrudar dele, não conseguiria ficar mais nenhum minuto acordada.                - Quer que eu vá agora? – a voz dele também estava sonolenta.                Me lembro de minha cabeça apoiada em seu peito, naquela posição um tanto desconfortável do sofá, conseguia sentir o cheiro que vinha de su
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6
Três Vezes Você/Paula Albertão
                Indo para o trabalho na segunda-feira tudo que conseguia pensar era em Daren e no nosso fim de semana perfeito. Não tínhamos feito nada de especial, apenas conversamos, assistimos a televisão e comemos coisas que nós mesmos fizemos na minha cozinha.                Mesmo assim eu sorria com os pensamentos sem ver nada pela janela do carro escuro. Sentindo muito mais do que tinha sentido nos últimos anos, me sentia mais viva do que antes, como se estivesse saindo do estado automático em que costumava viver.                Se antes estava com medo, depois daquele dia e de beijá-lo infinitas vezes, eu estava nas nuvens. Não sei se por ter ficado sozinha por todos aqueles anos, ou pelo jeito de ser de Daren, ou simples
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9
Três Vezes Você/Paula Albertão
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