“Não são os opostos que se atraem, são as diferenças que se completam” Como água e óleo, era exatamente assim que descreviam Heather e Ethan. Mesmo ambos trabalhando juntos, os dois não se suportavam. Heather provocava até o último segundo Ethan e ele para piorar ainda era seu chefe. Em contrapartida, ele se divertia com a língua afiada e a teimosia de Heather, já ela não suportava o jeito galinha e irônico dele. Nenhum dos dois imaginavam que essa troca de farpas poderia mudar muito rapidamente, mas especificamente, numa confraternização de final de ano. Uma festa movida a bebidas, diversão e brincadeiras, colocará em jogo os reais sentimentos de ambos. Numa brincadeira inocente, dois acabam sendo desafiados a se beijarem e para apimentar mais a situação Ethan propõe que nenhum dos dois podem se apaixonar no percurso. Essa pequena brincadeira colocará muitas coisas em risco. Sentimentos, ego e possivelmente até o emprego de ambos — já que quem perder terá que pedir demissão — além de declarar publicamente a derrota. O jogo está prestes a começar e aconselho a vocês a fazerem suas apostas! Quem será que vai jogar a toalha primeiro? Tente não se apaixonar e falhe miseravelmente!
Leer másOnde encontra coragem para levantar da cama, em plena segunda-feira as 07:00 horas da manhã?
Às vezes queria acordar com o bom humor da Abby. A bicha acorda cantando, não importa a hora que for!Cruzes, como ela consegue isso? — Levantou Heather? — Abby bateu na minha porta antes de poder entrar. — Pensei que teria que te jogar um balde de água gelada, para sair da cama! — Ela riu e eu revirei os olhos de insatisfação.— Para encarar o Ethan eu ia precisar do “iceberg” todo! — Me obriguei a sair da cama, antes que eu me atrasasse.Nem eu e nem meu chefe gostaria disso. Não estava com saco para mais uma discussão com ele, hoje não.Ethan é meu chefe a pouco mais de 2 anos, na cafeteriacoffee and prose, e me inferniza desde o primeiro dia.— Daria tudo para ver vocês dois se pegando... — Abby continuava rindo. — E descobrindo que esse ranço todo não passa de amor incubado. — Mostrei o dedo do meio para ela, que me mostrou a língua e saiu do quarto, balançando seus cabelos loiros curtos.Abby era minha amiga a mais de 3 anos, não dividíamos casa, mas era como se fosse. Ela passava mais tempo na minha do que na dela. Dizia ela que era mais perto do trabalho dela ir da minha casa do que da dela.Eu não questionava, mesmo sabendo ser mentira, já que ela trabalhava a 3 quadras do seu apartamento. Ela negava o verdadeiro motivo de sempre vim aqui está relacionado com o fato de estar transando com o vizinho do apartamento de cima.Eu fingia que não escutava os gemidos dela todas as noites. E ela fingia no dia seguinte que nada havia acontecido.
— Quando você vai admitir o verdadeiro motivo de vir para cá todas as noites? — Perguntei enquanto pegava uma xícara de café na cafeteira, para me juntar a ela no café da manhã.— Já te disse, aqui é mais rápido para chegar na loja... — Ela mentiu sem nem ao menos ficar vermelha.— Tudo bem. — Dei de ombros encerrando o assunto. — Pelo menos ganho carona para o serviço. — Puxei a manga da camisa branca para verificar as horas e dei um pulo da cadeira. — Puta merda! Estou atrasada. — Engoli o café quase todo, sem me lembrar estar quente demais. — Ai minha língua porra! — Abby caia no riso da minha catástrofe.— E lá vamos nós para mais um dia. — Ela desceu da banqueta e pegou a bolsa em cima do sofá. — Pronta para mais um dia Heat? — Ela me chamou pelo meu apelido, provavelmente tentando descontrair o momento.— Nenhum pouco. — Peguei o avental e a bolsa. — Que Deus me dê paciência para aguentar aquele homem mais um dia. — Acompanhei a Abby até a porta.— Eu queria era uma oportunidade de transar com aquele Deus, isso sim. — Seus lábios deram um estalo de contentamento.— Mas que perversão hein. — Tranquei a porta atrás de nós.— Vai me dizer que nunca pensou nisso? — Ela apoiou uma mão na cintura e tombou a cabeça de lado, me analisando.— Só ficaria com ele se valesse o meu emprego, do contrário? Nem que ele fosse o último homem na terra! — Retorci os lábios em tom de repulsa.— Cuidado com o que você fala. Vai que um dia isso realmente aconteça! — Ela riu enquanto descia as escadas.— Essa eu pago para ver!Acordei com o barulho das gargalhadas dos gêmeos e não importava quantas vezes ouvisse aquilo, sempre sorria, sentindo meu coração se aquecer de felicidade e gratidão. Virei para o lado e encontrei uma cama vazia e deduzi que o motivo das risadas das crianças, era algo chamado papai. Me levantei, ainda sentindo meu corpo doer, pelas varias horas deitada na areia, segui até o banheiro que ficava dentro do quarto e avistei algumas roupas em cima da bancada da pia. Não pude evitar o sorriso ao notar o carinho e o cuidado que o Ethan sempre tinha comigo. Ele havia deixado uma muda de roupas para mim e um par de tênis, até porque não havíamos pego nada no carro para vestir hoje. Tomei um banho rápido, quase gemendo de alivio ao sentir a agua quente caindo sob as costas e aliviando um pouco as dores, me vesti rapidamente e desci, encontrando os gêmeos engatinhando pela sala enquanto o Ethan fazia o mesmo, brincando com eles. Devido ao calor, os dois usavam apenas uma camiseta, fralda e u
— Se arrependeu de ter desistido da festa? — Ethan passava os dedos pelas minhas costas, provocando diversos arrepios.— Nenhum pouco. — Murmurei, de olhos fechados e deitada de barriga para baixo no lençol, que por sorte sempre deixávamos um reserva no carro.Ao fundo o barulho das ondas se quebrando servia de trilha sonora para nós dois, no meio de uma praia deserta e a luz do luar.No nosso lugar preferido.Ethan não se importava em estar quase nu, usando apenas sua cueca e eu muito menos, em estar vestida somente com minha calcinha e nada mais.Tínhamos sorte que a praia era definitivamente deserta e quase no meio do nada.Meu corpo inteiro se arrepiava pelo toque dele e o conhecia muito bem para saber que estava me provocando. Fazia quase 1 hora que havíamos transado no carro e ambos estávamos querendo novamente. Elevei levemente a bunda, como num convite e sem precisar verbalizar nada, senti seus dedos escorregando para dentro da minha calcinha e deslizando para dentro da minha
— Você vai sim Ethan! — Não consegui segurar a risada por muito mais tempo enquanto ele xingava e fazia careta.— Mas eu não quero ir! — Ele jogou a cabeça para trás, olhando para cima frustrado.— Mas você perdeu a aposta, não lembra? — A gargalhada escapava com cada xingamento que ele dava, ficando quase impossível manter a concentração no trânsito.— Você ainda lembra disso? — Ele riu, revirando os olhos. — Mas o combinado era ter ido na confraternização do ano passado e nós não fomos.— Porque os gêmeos ficaram doentes. — Rebati sua resposta. Ethan ergueu a mão, levantando o dedo do meio para mim. — Falando nisso, você não esqueceu de nada? — Perguntei, ajeitando o retrovisor e olhar para os dois pequeninos que dormiam profundamente no bebê conforto, no banco de trás.— Pela milionésima vez, não esqueci nada...— Dessa vez né?! — O provoquei, rindo. — Como você conseguiu esquecer a bolsa de um deles em casa, aquele dia? — Gargalhei alto.— Você nunca vai esquecer disso, não é? — E
Nunca pensei que seria tão feliz ao lado de alguém que tem tantas diferenças, sendo quase o oposto de mim.Minha mente se perdeu com todas as lembranças do que aconteceu em um ano depois que os gêmeos nasceram.Depois do nascimento dos gêmeos o Ethan quase me obrigou a tirar habilitação, dizendo ser importante para que eu não dependesse sempre dele, ou de carros por aplicativo. Fui contra a minha vontade na época, mas hoje, me pergunto por que não fiz isso antes?Desde então sempre que posso, pego no volante para dirigir. Nosso porshe deu lugar a um utilitário hibrido de 6 lugares, por conta das crianças e do espaço. Mesmo mudando de carro, o Ethan se recusava a vender o antigo, dizendo que era por apreço emocional, porque foi presente do avô dele. Então o mantínhamos na garagem e Ethan o usava quando saia sem os gêmeos, que era toda sexta, para a noite dos meninos. Que nada mais era do que noite de futebol na casa do Dom, junto com o Blake, o John, o Dane e o Jonas algumas vezes. Aos
Não conseguia parar de olhar para eles, ainda parecia um sonho tudo isso.— Como eles são lindos! — A voz do meu pai me pegou de surpresa.— Você conseguiu vir! — O abracei forte, deixando as lagrimas de felicidade escorrer pelo meu rosto.— Em hipótese alguma, perderia o nascimento dos meus netos. — A voz dele estava embargada, denunciando o choro contido. — Parabéns, filho! — Ele me abraçava forte. — Que você seja para eles um pai melhor, do que fui para vocês. Tenho muito orgulho do homem que você se transformou. — Como se não fosse possível, aquelas pequenas palavras dele me desmontou inteiro.Ficamos abraçados por mais algum tempo, antes de voltarmos a atenção aos dois menininhos que dormiam tranquilamente no berçário do hospital.Meu pai estava de terno, a gravata frouxa no pescoço e a fisionomia de cansado, devido ao fuso horário da viagem. Mas nem isso tirou o imenso sorriso que ele tinha nos lábios, enquanto olhava para os netos dormindo.O restante da família chegou logo dep
Coloquei as bolsas no chão e subi a escada correndo, o mais rápido possível. Coloquei qualquer camiseta que vi e enfiei um tênis nos pés, pegando minha carteira e meu celular que estavam na mesa de cabeceira, enfiando-os no bolso.Desci e vi que ela já não estava no sofá, a porta estava aberta e as bolsas também tinham sumido, corri para fora e quase tive uma sincope ao ve-la colocando as duas bolsas — pesadas — no banco de trás.— Heather! — A repreendi, correndo até o carro e pegando as bolsas de suas mãos. — Porra! Até quase para ganhar neném você continua sendo teimosa. — Joguei a bolsa no banco de trás e a ajudei a se sentar no banco, quase pulando para o banco do motorista.Sorte que o hospital que escolhemos não era muito longe dali. Peguei meu celular no bolso e disquei rapidamente o telefone do nosso obstetra, o Dr. Michael, o avisando sobre o rompimento da bolsa e ele disse que em 20 minutos estaria no hospital.Fiz o mesmo com o Dom.— Espero que alguém esteja morrendo, par
Último capítulo