POV Sophia Sinclair
O bar era um organismo vivo. Cada luz piscando era um batimento cardíaco, cada música alta era um pulmão ofegante. E eu… eu era um vírus nesse corpo, me espalhando, me perdendo, me esquecendo.
Izzy me puxava de um lado para o outro.
— Bebe, porra! — Ela gritou, empurrando um shot na minha mão.
— Eu já bebi demais! — Eu ria, mas o copo já estava na boca.
O álcool queimava, mas era um fogo bom. Um fogo que me fazia esquecer as mãos brutas, os dentes no meu pescoço, o cheiro dele no meu corpo.
— Vamos dançar! — Izzy gritou, puxando minha mão.
Gabe estava encostado no bar, braços cruzados, um olho em mim, outro em qualquer homem que ousasse chegar perto. Eu sentia o olhar dele como uma coleira invisível. Mas mesmo assim… eu dancei. A batida da música vibrava nos ossos. Eu joguei o cabelo, movi o quadril, deixei a música me comer viva. Um cara tentou se aproximar. Alto, moreno, sorriso fácil. Ele estendeu a mão, mas antes que chegasse em mim, Gabe apareceu. Um passo. Um