Após o choque inicial, Jéssica se recompõe assimilando o que ouviu.
_ Ana, meu Deus! Eu estou chocada! Mas você está bem? Para onde você foi?
_ Eu estou bem, Jéssica. Eu precisava fazer isso. Eu precisava de um fim. Pelo menos por enquanto não vou dizer, quero te manter fora disso, caso Pedro pergunte. Preciso do contato daquele advogado amigo seu.
Jéssica: Fica tranquila, Ana. Você fez o que sentiu que era certo. E eu estou aqui para o que precisar. Vou encaminhar por mensagem.
_ Obrigada por me ouvir, por estar ao meu lado sempre. Eu não tenho mais família, só você.
_ Amiga, sempre. Você não está sozinha nessa. Estamos juntas.
_ Obrigada, de verdade. Eu preciso me instalar aqui, vou ligar depois a noite. Beijos.
_ Vou esperar. Até.
Ana respirou fundo o ar salgado, que já lhe era tão familiar e ao mesmo tempo tão novo. Retornou para dentro da casa o ambiente era acolhedor, com cheiro de madeira e café fresco.
A voz de Dona Lourdes era suave e acolhedora como um abraço.
_ Dona Lourde