O sol da manhã invadiu a sala de jantar da mansão, pintando o ambiente com uma falsa normalidade que contrastava brutalmente com a noite anterior. Sofia desceu as escadas, os olhos inchados, a mente nublada pela cena que a assombrara durante toda a madrugada. Seu corpo ainda tremia de humilhação e raiva.
Pedro já estava à mesa, folheando um jornal com tranquilidade. A falsa Ana não estava presente, e o alívio momentâneo de Sofia foi rapidamente substituído por um terror gélido ao vê-lo sorrir para ela, um sorriso que não alcançava seus olhos.
Pedro com uma voz incrivelmente doce, quase melodiosa, como se nada tivesse acontecido.
_ Bom dia, minha querida. Dormiu bem?
Sofia não conseguiu responder. A voz que ela ouvira gemer de prazer com outra mulher horas antes, agora falava com uma doçura arrepiante.
Pedro, como se não tivesse notado seu silêncio, virou-se para a barriga de Sofia e começou a falar com o bebê, um tom carinhoso e protetor em sua voz.
_ Bom dia, meu campeão! Papai está