Enrico.
De todas as coisas que eu poderia ter dito a ela, escolhi o silêncio. Nós não nos conhecemos o suficiente para que eu seja um ombro amigo, mas eu não poderia deixá-la simplesmente enlouquecer na sala de espera, então, a acompanhei.
Saio da sala com João logo atrás de mim e assim que nos afastamos o suficiente, eu paro:
— Era isso o que eu não podia saber, João? — Vejo meu amigo suspirar irritado e de cara, vejo que tem algo a mais — O que eu ainda não sei nessa história?
— Continua sendo a história da Sarah, Enrico, eu não posso simplesmente contar.
— Qual é o tipo sanguíneo da garota?
— O negativo, por quê? — Meu sorriso se alarga — Espera, esse é o seu tipo sanguíneo! Seu olhar começa a se iluminar, mas logo o ar de preocupação retorna — Mas você ainda precisaria fazer os exames, tudo seria tão mais fácil se o... se aquele maldito fosse homem!
— João? — Coloco a mão no ombro dele — Quem é o pai dela? — Ele nega — Pela idade da menina, ele trabalhou com vocês e se ele era par