Sarah.
Sair da sala de espera com o Enrico me acalmou, mas voltar pra cá faz com que meu coração acelere outra vez. Isabela é uma criança linda, a mais amorosa que eu já vi e saber que ela poderia melhorar se o Daniel fizesse o mínimo, me faz ter mais ódio do que eu gostaria de admitir.
Sento ao lado da Alexia e deito a cabeça em seu ombro, recebendo um afago nos cabelos:
— Eu te amo tanto, Lexa... obrigada por segurar a barra por mim.
— Até o fim, lembra? Nós prometemos. — Ela me abraça e eu assinto, com os olhos cheios d’água.
Alexia perdeu a mãe quando tínhamos cerca de oito anos, nunca conhecemos o seu pai. O tio Lira era casado com a mãe dela, mas quando a tia se foi, foi na minha casa que Lexa buscou abrigo.
Seguramos a barra uma da outra incontáveis vezes desde então. Foi ela quem esteve comigo quando meu pai se foi e minha mãe resolveu sumir pelo mundo. Nos apoiamos e acolhemos todas as vezes que foi preciso e sem ela, eu já teria enlouquecido.
Fecho os olhos encostada nela e