Sarah.
O entra e sai de médicos dentro da UTI é enlouquecedor. Não há respostas e tudo o que eu julgo saber, faço pelos semblantes aflitos da equipe.
Ando de um lado pra o outro dentro da sala de espera, abro um botão do vestido me sentindo sufocada, sento em uma das cadeiras e puxo meus cabelos tentando desesperadamente manter o controle, mas é em vão.
Vejo Doutor Isaac saindo da sala com o semblante cansado e fico de pé, indo até ele:
— Como ela está? — Pergunto aflita, minha voz saindo por um fio.
— Estável, mas vai precisar ficar aqui até o resultado dos exames. — Um longo suspiro lhe escapa, daqueles dados logo antes da revelação de um problema. — Olha Sarah, eu preciso ser bem claro aqui. Isabela está frágil, sequer podemos cogitar outra radioterapia, nossa melhor chance seria o transplante.
— Mas esbarramos no tipo sanguíneo dela, não é?
— A ficha dela mostra o tipo sanguíneo do pai, que é compatível....
— Se dependesse daquele maldito, Isabela sequer teria nascido. — Jogo meu