Lorenzo passou a mão delicadamente pelos cabelos dela, tentando conter o desespero que se espalhava como veneno por todo o seu corpo. A sirene da ambulância cortou o ar poucos minutos depois, mas para ele, parecia que o tempo tinha desacelerado — cada segundo era uma eternidade.
— Fiquem afastados, por favor! — gritou um dos paramédicos enquanto a equipe se aproximava com a maca.
— Ela está viva, mas está muito fraca — murmurou Lorenzo, como se estivesse tentando convencer a si mesmo. — Por favor, salvem ela...
Os profissionais trabalharam rápido. Examinaram seus sinais, estabilizaram sua cabeça e checaram a pulsação. O semblante de um deles se tornou grave após um rápido exame de toque abdominal.
— Hemorragia interna. Precisamos levá-la agora. Ela precisa de cirurgia imediata.
Lorenzo sentiu o chão sumir sob os pés. Tentaram afastá-lo, mas ele se agarrou à mão de Isadora com força.
— Eu vou com ela! Não solto essa mão, ouviram? Não solto! — sua voz tremia, o rosto endurecido pe