Eu levantei a perna e dei um passo à frente. Pedro me sustentava e nos aproximamos da porta. Antes de entrarmos, vimos alguém saindo de lá, segurando uma caixa preta nos braços, com um semblante de profundo desgosto e confusão.
Eu lancei um olhar para a caixa nos braços da pessoa, e minha respiração parou por um momento.
Pedro me apertou levemente, e esse pequeno gesto me trouxe de volta à realidade, me fazendo seguir adiante.
Quase imediatamente, vi Mirela. Ela estava de costas para a porta, e eu não conseguia ver sua expressão, mas só de ver ela ali, já senti uma onda de desespero e tristeza profundas.
Minhas pernas pararam de se mover, e eu fiquei congelada no lugar.
Pedro, que me ajudava a caminhar, também parou. Nós dois não dissemos uma palavra.
Mirela pareceu algo, e se virou suavemente. Eu vi que ela estava segurando uma caixa preta nas mãos.
Naquele momento, minha visão escureceu, e quase caí de tão atordoada.
Mirela se aproximou de mim:
— Isso foi pedido por George. Ele... E