Luana mandou outra mensagem:
[Sério, se você demorasse mais uma hora para responder, eu teria chamado a polícia. Sabe o que eu pensei? Que talvez o Tião tivesse te sequestrado e te matado depois.]
O absurdo da mensagem me fez rir.
Respondi com um emoji de joinha.
Luana: [Não é absurdo, não! Essas histórias acontecem o tempo todo. Agora me diz, quando você volta? Hoje já pega o voo? O Vinicius venceu a competição?]
Olhei para a sequência de perguntas e pensei na minha situação.
Escrevi apenas três palavras:
[Não tenho certeza.]
Luana: [???]
Eu: [Talvez eu fique mais um tempo por aqui. Não sei quando volto.]
Não queria que ela se preocupasse, então menti.
Luana: [Beleza! Então aproveita. Me avisa quando voltar que eu preparo um jantar de boas-vindas.]
Ao ler aquilo, senti o peito apertar.
De repente, tive medo de nunca mais voltar.
Essa sensação veio do nada.
Sem pensar muito, enviei um áudio:
[Luana, anota aí. A senha de todas as minhas contas bancárias é a data em que meus pais falecer