Era ódio, repressão e algo prestes a explodir.
Essa faceta de Elisa era algo que eu nunca tinha visto antes, e, por algum motivo, me senti nervosa.
Engoli seco e, hesitante, perguntei:
— Se você odeia tanto ele, e sabe de tudo o que ele fez, por que ainda...
Não terminei a frase. Não sabia exatamente o que ela pensava, e preferi não arriscar. Pelo ódio que ela demonstrava, Elisa jamais deveria ter tido Talita. Um filho a amarrava ainda mais a Felipe, tirando qualquer chance de ela sair completamente dessa relação. Mas, ainda assim, ela escolheu ter a menina.
— Você quer saber por que eu decidi ter a Talita, né? — Elisa, como se lesse minha mente, completou a minha pergunta.
Assenti, olhando de relance para a direção de Talita.
— Se vocês realmente romperem de vez, o que vai acontecer com ela? A culpa não é dela.
— Você acha que eu quis ter essa criança? — Elisa levantou a cabeça e esvaziou a taça de vinho de um só gole.
Ao vê-la engolir o vinho com uma expressão de dor, algo dentro de