Benedita era uma garota de coração tão puro e inocente que chegava a ser quase angelical. Mas, ao mesmo tempo, era sensível, perceptiva. Eu não podia deixar que meu estado de espírito acabasse afetando-a.
Por isso, quando os dois voltaram da conversa no quintal, eu já tinha terminado minha porção de mousse de manga. E, para completar o quadro, ainda roubei uma colherada do prato de George.
A cena era tão cômica que, para qualquer um, parecia mais coisa de quem estava de bom humor do que de alguém mal-humorado ou chateado.
Ao ver meu ato, Benedita imediatamente assumiu que não havia problema algum entre mim e George.
Os dois ficaram me olhando, surpresos, enquanto eu colocava a colherada na boca e, em um tom meio tímido, meio atrevido, disse:
— Eu só queria comer mais um pouquinho.
— Ah, então vou fazer outra porção agora! — Benedita exclamou, primeiro surpresa e depois meio arrependida por não ter feito mais.
— Não precisa. Deixa ela terminar o meu. — Disse George, puxand