Sabia que, nessa visita à casa dele, Benedita certamente havia revelado tudo o que estava acontecendo.
— Se você gostar desse lugar, quem sabe... — Ele começou, mas parou sem continuar a frase.
Levantei uma sobrancelha, desconfiada, e perguntei:
— Quem sabe o quê?
A garganta de George se moveu, engolindo em seco, e então ele disse, com um tom mais baixo:
— Quem sabe... talvez possa ir lá descansar, quando for mais velha.
— Sozinha? — Não consegui evitar a resposta rápida, antes de refletir.
Ele olhou para mim com um sorriso leve e respondeu sem hesitar:
— Eu posso te acompanhar, se você quiser. — E, como sempre, George era direto e sem rodeios.
Mas, nesse momento, eu me recuei. O futuro era imprevisível, e nem pensar em algo tão distante como a velhice. Quem poderia garantir o que viria?
— Eu procurei especialistas para Benedita nessa área, me passe os registros médicos dela. — Mudei de assunto, de forma direta.
Na noite anterior, eu ainda estava pensando que Luana era uma covarde. Mas