Maya
Parei diante da minúscula cela e ele a abriu. Meu pai dormia deitado no banco com o braço direito jogado sobre os olhos, os tapando da claridade. Caminhei até ele e o observei ressonar um pouco alto.
— Pai! — chamei-o alto, mas ele não acordou. — Pai! — chamei novamente o cutucando no braço e finalmente ele acordou.
— O quê? — perguntou abrindo seus olhos e se espantando ao me ver. — Maya? — perguntou um pouco confuso olhando-me com estranheza.
— Oi, pai.
— Mas o que você faz aqui? — perguntou sentando-se.
— Vim tirá-lo daqui.
— E quem foi que lhe disse que eu quero sair? — perguntou com certa arrogância.
— Ninguém disse. Mas, infelizmente, você querendo ou não vim tirá-lo daqui.
— Quem ligou para você? — perguntou rude e alto.
— Não interessa quem me ligou! Mas entrei aqui para lhe dizer uma coisa... Estou farta dessa situação ridícula entre nós! — disse séria. — Está na hora de um ser o maduro e responsável nessa relação familiar, e esse alguém terá de ser eu, já que você parec