Maya
Fomos despertados às seis e meia na manhã seguinte pelo meu celular, que tocou estridente sobre o criado-mudo; e, pelo toque, já soube que devia ser Clarice ou minha avó quem ligava. Apenas as duas me ligariam assim tão cedo. Sentei-me na cama em um pulo assustada e peguei o aparelho.
— Alô — atendi com a voz sonolenta.
— Maya? Ainda estava dormindo? — perguntou Clarice surpresa.
— Aqui ainda são seis horas.
— Droga! — repreendeu-se resmungando. — Desculpe-me. Esqueci completamente de que na Califórnia são duas horas a menos, mas é que eu precisava muito falar com você.
— O que houve? Minha mãe está bem? — perguntei preocupada.
— Está sim. O problema é o seu pai.
— O que ele fez agora?
— Provocou um acidente dirigindo embriagado.
— Ele o quê? — perguntei alto me levantando da cama e levando o lençol comigo, enrolando-o em meu corpo.
— Calma, não se preocupe. Ninguém se machucou, mas ele foi preso e fichado. Teddy ainda estava com a carteira suspensa e aguardava audiência por dire