A notícia estourou nas redes sociais às seis e meia da manhã.
“Valentina Mancini investigada por ligação com organizações criminosas internacionais. Supostos vínculos com tráfico de influência e lavagem de dinheiro.”
O que chamou atenção não foi apenas o conteúdo — vazio e vago, típico de boatos de poder —, mas a origem: um consórcio jornalístico europeu de alta reputação. Assinaturas de repórteres conhecidos. Fontes anônimas “altamente confiáveis”.
E, no rodapé, discretamente, a menção a uma “organização independente de combate à corrupção”.
Valentina observava o artigo em um dos monitores do salão de guerra. Francesca lia em silêncio. Davide andava de um lado para o outro, furioso.
— Eles agiram — disse ele. — Foi a Ordo Veritas. Esta é a primeira exposição pública. Eles colocam a dúvida, e depois esperam que os outros destruam por eles.
Valentina cruzou os braços.
— E vão continuar. Isso não é um ataque direto. É uma campanha.
— Sim — confirmou Francesca. — Já detectamos b