O silêncio após a revelação de Kaew pairava no ar como uma tempestade suspensa. Cada segundo era um fio tenso prestes a romper. A presença dela ali não apenas surpreendia — desafiava a lógica. O que ela ganharia ao ajudá-los? Ou seria só mais uma peça num tabuleiro de intenções ocultas?
Ela deu um passo à frente, com a mesma serenidade calculada de quem já esteve várias vezes à beira do abismo. De dentro do casaco tirou um envelope de couro escurecido pelo tempo e pelas memórias que carregava. O som do couro se dobrando ecoou pelo quarto abafado, onde a luz fraca filtrava-se pelas cortinas pesadas do hotel.
— Isto pertenceu ao seu pai — disse ela, entregando a Pravat o objeto com um olhar denso. — Ele me deu para guardar quando tudo começou a ruir.
Pravat segurou o envelope como se ele pudesse queimar suas mãos. Dentro, encontrou uma chave metálica, fria como gelo e marcada com um número: 55-B. Sua garganta secou ao reconhecer o estilo. Cofre bancário de segurança máxima. Não era qual