O velho cofre no escritório do avô, escondido atrás de uma parede falsa de madeira de ébano, parecia chamar por Pravat com um sussurro ancestral. Era quase irônico: o coração de tantos segredos repousava a apenas alguns metros da entrada principal da Silken — e ninguém jamais ousara suspeitar. Com o código nas mãos, revelado por Arun após muito custo e confiança, Pravat girou lentamente o disco metálico, sentindo cada clique como um eco do passado.
Bela estava logo atrás dele, olhos fixos no que parecia ser uma das últimas peças do quebra-cabeça.
— Está pronto? — ela perguntou em voz baixa.
Pravat assentiu, girou o último número, e um clique abafado ecoou pela sala. O cofre se abriu com um rangido seco.
Dentro, havia um único envelope grosso, amarelado pelo tempo. Em sua superfície, a caligrafia firme e elegante do avô de Pravat parecia ter desafiado o tempo:
“Para quando a verdade já não puder mais ser evitada.”
As mãos de Pravat tremiam levemente enquanto abria o envelope. No interi