O silêncio entre eles ainda carregava o peso do beijo interrompido. Quando desceram do quarto, os olhos de Arthur não desgrudavam de Lívia. Na sala de estar, a luz suave da manhã atravessava as janelas amplas, preenchendo o espaço com um brilho quente e acolhedor — em contraste com a tensão elétrica que os envolvia.
Arthur se aproximou, o sorriso levemente torto nos lábios, aquela expressão que misturava charme e determinação. — Fica para o almoço — disse ele, firme, mas sem perder a suavidade da voz. — Talvez até para o jantar e café de amanhã. Os domingos são lindos por aqui.
Lívia hesitou, sentindo o calor do olhar dele em seu corpo, o convite que ia além das palavras. Respirou fundo, tentando organizar os pensamentos confusos que giravam na cabeça. — Arthur, eu… acho que preciso ir — respondeu com um tom gentil, mas resoluto. — Preciso de um tempo para respirar, pensar nas coisas.
Ele se aproximou mais, o perfume amadeirado envolvendo-a como um abraço. — Você pode pensar aqu