Acordei com um peso confortável sobre o peito e o som suave de respiração ritmada perto do meu ouvido. O sol já entrava pelas janelas do loft, mas eu não fazia ideia das horas — nem me importava.
Caio estava praticamente jogado sobre mim, um braço envolvendo minha cintura como se me segurasse num abraço inconsciente. Seu rosto estava parcialmente enterrado no meu pescoço, e o calor da pele dele grudado na minha me deu aquela sensação boa de lugar certo.Sorri.A fantasia de policial estava em pedaços pelo quarto. O chapéu embaixo da cama, os óculos tortos no criado-mudo, e as algemas... bom, essas ainda estavam ali, presas no braço da cabeceira, como uma lembrança visual bastante explícita da nossa noite.Passei a mão devagar pelos cabelos dele, bagunçados e quentes, e ele resmungou baixinho.— Já são oito horas? — murmurou, com a voz rouca e arrastada.— Mais ou menos.— Me prende de novo.— O q