Peguei minha bolsa, revisei as chaves, apaguei as luzes.
E saí para o mundo para mais um dia de trabalho.
No caminho, o céu estava limpo, o trânsito até que fluía bem para uma manhã de quinta-feira em São Paulo, e minha playlist parecia ter entendido exatamente o meu humor. Tudo tinha uma leveza improvável — dessas que surgem quando você menos espera.
No elevador, enquanto subia até meu andar, recebi uma mensagem de Caio:
“Esqueci de te dizer: hoje é dia de visita íntima no almoço. Guarda um beijo pra mim.”
Sorri sozinha, os olhos grudados na tela, e respondi:
“Guardei mais que isso. Te preparo uma surpresa.”
Ele digitou na mesma hora.
“Agora você quer me fazer sair mais cedo do trabalho, é isso?”
“Nem um pouco. Quero que você fique pensando nisso até meio-dia.”
Entrei na empresa ainda com o sorriso bobo no rosto. Cumprimentei a recepcionista, passei o crachá, e segui para o open space onde ficava minha mesa. Algumas pessoas já estavam por ali, outras ainda chegavam. Tudo parecia como