A luz da manhã invadia o quarto com um dourado suave, filtrado pela cortina branca que balançava levemente com o vento. O cheiro de lençol limpo se misturava ao perfume dele que ainda pairava no ar, e o calor da noite anterior permanecia impregnado na minha pele. Acordar ali, com o corpo ainda marcado por toques, beijos e confissões, era como sair de um sonho para outro.
Caio ainda dormia. Estava deitado de lado, o peito nu descoberto, e o rosto sereno, mais leve do que eu costumava ver durante o dia. Tinha um ar mais moleque, quase indefeso, como se a noite tivesse levado embora todos os pesos que ele carregava.
Sorri sozinha, sentindo um carinho absurdo por aquele homem que, mesmo sem perceber, desarmava minhas defesas com gestos tão simples.
Levantei devagar, enrolando o lençol no corpo. A casinha de campo — alugada apenas por uma noite — ainda estava silenciosa. Peguei minha calcinha e a camisa dele no chão, vestindo as duas antes de sair do quarto. No caminho, vi os restos da nos