A noite chegou com aquela calma que só os momentos certos carregam. A casinha, envolta por um silêncio acolhedor e o farfalhar suave das árvores do lado de fora, parecia guardar nossos segredos com carinho. Era como se o universo tivesse decidido desacelerar um pouco só pra que a gente pudesse viver aquela noite do nosso jeito.
Assim que entramos, Caio entrelaçou os dedos nos meus e me puxou com um sorriso travesso no rosto.
— Tenho algo pra te mostrar — ele disse, os olhos brilhando como quem esconde um presente.
— Só se prometer que não é mais uma das suas ideias malucas — brinquei, desconfiada.
— Ei, minhas ideias são incríveis! — protestou, fazendo aquela cara ofendida que não engana ninguém. — Você só precisa confiar.
— Tá bom, Mister Surpresa. Surpreenda-me.
Ele riu e me conduziu até a sala. As luzes suaves penduradas nas janelas lançavam um brilho dourado sobre tudo, como se a noite estivesse nos abraçando. Em cima da mesinha estavam dois microfones, uma caixinha de som ligada