Depois do beijo, ficamos em silêncio por alguns minutos, sentados na beirada da cama, como se não quiséssemos que o dia avançasse. Caio segurava minha mão, os dedos entrelaçados nos meus, enquanto seus olhos vagavam pela caixa de bombons agora esquecida sobre a cômoda.
O celular vibrou ao meu lado na cama.Peguei o aparelho e li a mensagem na tela:Miguel:“Espero que tenha gostado dos bombons. Achei que combinavam com seu gosto refinado. Me avisa se quiser jantar um dia desses.”Soltei um suspiro entre o cansaço e a irritação. Antes que eu pudesse guardar o telefone, Caio se inclinou e olhou a tela.— E aí está ele… de novo.Revirei os olhos, mas ele já estava de pé, andando de um lado para o outro como um gato grande e nervoso.— Caio, por favor…— “Gosto refinado”? Ele tá se achando o sommelier da sua vida agora?Tentei segurar o riso, mas ele estava tão indignado que acabei so