36. Me ajuda, Mikhail
Mikhail Volkov
O desespero me consumiu no instante em que ouvi o som seco dos pneus freando no pátio da mansão. Saí do quarto sem pensar — o instinto no controle. Desci as escadas às pressas, com o coração já pesado por uma angústia que eu ainda não sabia nomear.
Mas, ao alcançar o topo da escada, parei. Um segundo. Um segundo que pareceu eterno.
Viktor estava ferido, sangue escorrendo pelo braço.
E Sophie…
Ela estava imóvel, pálida como a neve, os olhos arregalados em puro choque, os ombros trêmulos de medo.
Não pensei. Meu corpo se lançou em direção a ela, tomando os degraus de dois em dois, desesperado para alcançá-la, para tirá-la daquele pesadelo. Vê-la vulnerável, machucada, me deixou insanamente preocupado.
Quase não cheguei a tempo. Era como se seu corpo estivesse apenas esperando o meu toque para desabar. Quando a envolvi em meus braços, os olhos dela se fecharam — e tudo dentro de mim se partiu.
— Sophie! — chamei, segurando-a com firmeza, mas com uma delicadeza que eu nem s