32. Elegância Afiada
Mikhail Volkov
Cheguei à mansão dos meus pais com a estranha sensação de que algo não estava certo. Disseram-me que Alek estava no jardim — em plena neve. Meu instinto paterno disparou de imediato, e meus passos se apressaram antes que a lógica pudesse interferir.
Mas, em vez de um garoto doente ou gelado até os ossos, encontrei meu filho entrando pela porta aos risos com Sophie. Os dois estavam ensopados, cúmplices de alguma travessura silenciosa. A cena era tão improvável quanto desconcertante. Mandei-os direto para o banho, como quem tenta controlar um incêndio com um copo d’água.
Enquanto Alek corria para o chuveiro, pedi à Elena uma muda de roupa para Sophie. Escolhi algo confortável e mandei o restante das compras para o carro.
Quando ela surgiu no corredor, pronta, meus olhos a seguiram sem culpa alguma. O aroma doce que a envolvia era quase hipnótico. Sophie era, sem esforço, uma das mulheres mais belas que já vi.
Durante o jantar, Lilia tentou causar atrito, como sempre. Mas