David
— Eu vou perder eles, pai...
— Não vai. — Ele me encara com firmeza. — E agora Lizandra precisa de você forte, não desesperado.
Antes que eu possa responder, Dra. Selma surge na porta.
— David — ela me chama.
Minhas pernas tremem. Eu sinto como se estivesse prestes a desmoronar ali mesmo. Minha mãe aperta minha mão, e meu pai me dá um empurrão suave para frente.
— Vá. — A voz dele é um comando. — Ela precisa de você agora.
Eu entro na sala. Lizandra está deitada, pálida, os olhos cheios de lágrimas. Seus lábios tremem ao me ver, e eu corro para o seu lado, segurando sua mão.
— Por pouco ela não perdeu os gêmeos — Dra. Selma diz. — Mas eles estão bem.
Meu coração para, depois explode em batidas desenfreadas. Lágrimas escorrem pelo meu rosto enquanto eu enterro a cabeça nas mãos de Lizandra, soluçando de alívio.
— Eu chamei você aqui para que possa ver os seus filhos — continua a médica, preparando o aparelho.
Quando o ultrassom é ligado, o monitor revela duas pequenas formas em