David
O sol se punha no horizonte, tingindo o céu com tons alaranjados e dourados, como se a própria natureza estivesse celebrando este momento. De pé na varanda da fazenda, o vento morno acariciando meu rosto, eu sentia algo raro, a paz. E, acima de tudo, felicidade de tudo que tenho e construi.
Lizandra estava nos jardins, o vestido esvoaçante moldando seu corpo, a silhueta que eu tanto amava. Eu a observei com olhos cheios de reverência e devoção. Ela carrega o nosso filho. O meu herdeiro. O médico confirmou hoje, o nosso filho crece bem e saudável. Um pequeno Lambertini que traria o peso e a glória do nome que construímos, mas que nunca cometeria os mesmos erros que eu.
Abracei Lizandra por trás, encaixando seu corpo contra o meu, minha mão firme pousada sobre sua barriga.
— Ele vai ser um homem de verdade, meu amor. Um homem honrado. Eu juro que vou ensiná-lo a ser melhor do que eu fui. — Minha voz saiu rouca, carregada de emoção. — Ele nunca vai machucar uma mulher. Nunca vai pe