Alice
O ambiente continua frio, mas uma fina camada de suor escorre pela minha nuca. O homem diante de nós, o tal Frederico, ainda respira com dificuldade. Eu seguro a minha faca como se fosse uma extensão do meu braço, elegante, precisa, mortal.
— Frederico, querido — sorrio suavemente, sabe o que acontece quando um pássaro canta errado?
Alicia, ao meu lado, ri baixinho.
— A gente arranca as asas dele! — completa, passando a lâmina com delicadeza pelo rosto dele, sem pressa.
David está ali, encostado na parede, observando como um mestre que avalia suas aprendizes. Ao seu lado, Don Vittorio, Derick e Darlan mantêm uma expressão impassível, mas sei que estão analisando cada movimento nosso. Querem saber até onde podemos ir.
David dá um passo à frente, a voz firme.
— Alice, Alicía, vamos começar. Vou guiá-las, prestem atenção.
O coração martela em meu peito, não de medo, mas de excitação. Alicía me olha com um brilho no olhar que só nós duas entendemos. Estamos prontas.
— Cada articulaç