Alice
O cheiro de ferrugem e sangue velho impregna o ar úmido do porão. A adrenalina percorre minhas veias como um veneno viciante, é assim que o poder deve ser, ardente e intoxicante. O som metálico dos nossos passos ecoa nas paredes de concreto, um aviso silencioso de que as gêmeas Lambertini estão no comando. Somos uma tempestade que ninguém viu chegando.
— Pronta, Alicia? — sussurro, um meio sorriso dançando em meus lábios.
Minha irmã apenas acena, os olhos tão afiados quanto as lâminas presas às nossas botas. Somos duas figuras de puro controle, usando uma maquiagem sutil que realça nossa beleza feroz. Até nossa vaidade é uma arma.
— Irmã, posiciona a câmera, verifica se está na posição correta.
Em seguida, me aproximo das câmeras instaladas para gravar nossa estreia no submundo mafioso.
— Derick, se quiser pode vir, diga ao papai e aos nossos irmãos que podem assistir, mas sem interferir. Essa é a nossa condição!
Não demora para ouvirmos passos. A cavalaria chega, papai, David