O bar era pequeno, com luzes amarelas e uma vibe retrô. Mesas de madeira, cardápio escrito em lousa e uma jukebox antiga no canto, tocando uma versão acústica de *Take It Easy*. Era o tipo de lugar que minha mãe adorava — e que eu nunca teria escolhido sozinha. Mas depois da formatura, tudo o que eu queria era fugir do brilho das fotos e do peso da expectativa.
Pedimos dois hambúrgueres altos, com batata frita e uma cerveja artesanal cada. Eu ainda estava com o cabelo preso e a maquiagem impecável, mas a gravidade do dia começava a se dissolver em goles gelados.
— Você merece comemorar de verdade, Sara — disse minha mãe, com o copo erguido. — A vida não é só meta e jaleco. Saúde!
— Saúde — respondi, brindando com ela e rindo baixo.
— E, convenhamos — ela continuou, dando uma mordida generosa no hambúrguer —, esse é o melhor lanche que eu comi nos últimos cinco anos. Tem algo errado com esses lugares chiques que servem "prato autoral", mas o nome tem mais ingrediente do que o próp