Ponto de vista de Luca
A porta do quarto dela se fechou, e o som ecoou na minha mente por alguns segundos a mais do que deveria.
Fiquei ali parado, no pé da escada, com os dedos ainda formigando pela breve proximidade. Por mais que tentasse me manter distante, frio, objetivo… a verdade era uma só: Sara mexia comigo de um jeito que ninguém mais conseguia.
Subi para meu quarto em silêncio. Os corredores estavam escuros, exceto pelas luzes fracas embutidas nas paredes. Eu conhecia cada canto daquele lugar. Cada centímetro. Tinha sido projetado para ser uma fortaleza, mas hoje... parecia mais um abrigo temporário de segredos e cicatrizes abertas.
Fechei a porta atrás de mim, soltando o ar como se finalmente pudesse respirar sem que alguém observasse. Estava me mantendo em pé por orgulho. Por necessidade. Mas a dor latejava nos músculos, especialmente no abdômen, onde os dois malditos tiros ainda deixavam sua marca.
Lentamente, tirei a camisa. O tecido grudado na pele, colado com suor, san