O vento que soprava sobre as Colinas Dublanas carregava mais do que o aroma de pinho e umidade. Carregava **memórias petrificadas**. Ecos de rituais esquecidos, passos dados por criaturas que nunca foram humanas e jamais quiseram ser. O grupo avançava em silêncio, envolto pelo som das folhas e do próprio destino.

Elena liderava a marcha, o medalhão rachado preso ao pescoço e uma cicatriz nova sob o olho esquerdo — herança da noite em que sentira Aedan mudar. Ao lado dela, Lucas mantinha a mão próxima ao punho da espada, olhos atentos a cada movimento na vegetação. Kaela seguia os rastros invisíveis, guiada pelas runas que dançavam em seus antebraços.

— Ainda falta muito? — perguntou Lucas, quebrando o silêncio denso.

Kaela assentiu.

— Estamos próximos da borda de Aturiel. Mas o verdadeiro teste começa quando a floresta nos **reconhecer**.

— Reconhecer?

— Ela só permite a entrada de quem carrega sangue antigo... ou intenções puras. E mesmo assim, cobra um preço.

Elena não respondeu. Sa