— Amber, querida… acorde. — A voz suave de Maria atravessava a neblina do sono.
Amber abriu os olhos devagar, confusa. — Maria? Me desculpa… eu…
— Não tem por que se desculpar, menina. — A mulher sorriu com ternura. — Vim acordá-la para que tenha tempo de se arrumar com calma. Se levantar agora, consegue tomar um café da manhã tranquilo.
— Mas... e a escola? Não tenho uniforme, nem material. — Ela já tinha usado essa desculpa na noite anterior, torcendo para que servisse de pretexto para ficar.
— Ah, isso já está resolvido. Benjamin providenciou seu uniforme faz um tempo. Está no closet. — Maria desapareceu por um instante entre as portas abertas. — Vou pegar para você. Vai querer ir de calça? — A voz veio lá de dentro. — E também deixei uma pomada sobre a cômoda. Achei que ajudaria…
Amber olhou para a pomada com um misto de surpresa e gratidão. Quando Maria teria visto suas marcas? Tentou lembrar, mas afastou os pensamentos — ela só queria cuidar dela. E seria rude questionar isso.
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