Acordei antes do despertador. Talvez fosse só o nervosismo. Ou a ansiedade de começar algo novo. Vesti o uniforme branco que Ana havia deixado para mim — um conjunto simples, mas que me fazia sentir parte daquele lugar. Prendi o cabelo em um coque prático, calcei os tênis e respirei fundo em frente ao espelho. Estava pronta.
Poucos minutos depois, ouvi batidas suaves na porta.
— Pode entrar — disse, ajustando o crachá que agora carregava meu nome.
Ana apareceu com o mesmo sorriso calmo de sempre, mas não estava sozinha. Ao lado dela, um rapaz de cerca de 30 anos, pele clara, cabelos castanhos levemente ondulados e olhos verdes muito vivos, acenou para mim com simpatia. Era alto, magro e tinha um jeito leve, quase descontraído demais para alguém