O sol já passava do meio do céu, derramando luz dourada sobre os campos de treinamento de Arkhadia. O calor era ameno, filtrado pelas nuvens altas e pelo vento fresco que descia das montanhas ao norte. As vozes da matilha Thunderwoof ecoavam pelo ar, entre gritos de comando, passos pesados e o som metálico das lâminas se chocando.
No centro do campo, Claer se movia como uma corrente de vento — ágil, precisa, implacável. Seus olhos castanhos acompanhavam cada movimento dos guerreiros, corrigindo posturas, ajustando táticas, incentivando os mais jovens e desafiando os veteranos. Sua energia era constante, mas havia algo mais: uma tensão sutil, um fio invisível que parecia esticar-se toda vez que Ares se aproximava demais.
Ele a observava à distância, os braços cruzados sobre o peito largo, os olhos intensos. Ares era uma presença constante, uma muralha que impunha respeito apenas por existir. E mesmo agora, cercado pelos melhores soldados de Arkhadia e de sua própria matilha, era Claer