O som dos tambores ecoava pelos portões principais de Arkhadia quando os estandartes da comitiva real de Zýrian atravessaram os limites da cidade. Havia uma tensão sutil no ar — não de ameaça, mas de pura curiosidade. Zýrian era conhecido por sua extravagância e diplomacia teatral. E, naquela tarde dourada, não decepcionaram.
Carruagens douradas enfeitadas com fitas verdes e púrpura, soldados vestidos com armaduras brilhantes demais para qualquer combate real, músicos tocando harpas enquanto andavam — tudo aquilo fez Nara bufar.
— Isso é uma corte ou um espetáculo de circo? — sussurrou, enquanto acompanhava Claer e Ashen até a escadaria do palácio para receber os visitantes.
Claer, vestindo uma túnica cinza-escura de treino e com as botas ainda sujas de terra, estreitou os olhos.
— Espero que o tal príncipe não tenha vindo pensando que vou aceitar flores em vez de espadas.
— Você poderia ao menos sorrir — comentou Ashen, ajeitando o manto sobre os ombros. — Vai que ele se apaixona por