A música da matilha ainda ecoava, misturando tambores, uivos e gargalhadas, quando Ares se inclinou para falar no ouvido de Clarice. O hálito quente dele roçou sua pele, fazendo-a arrepiar.
— Acho que já recebemos abraços demais por hoje… — murmurou, a voz grave e baixa. — Quero você só para mim.
Antes que ela pudesse responder, ele segurou sua mão e a puxou, abrindo caminho pela multidão. Clarice riu, tentando disfarçar, mas no fundo adorando a sensação de ser raptada pelo próprio Alfa.
— Ares! — ela protestou baixinho, entre risos. — A matilha vai perceber…
— Que percebam. — Ele olhou para trás com um sorriso travesso, os olhos faiscando. — Esta é a minha Luna… e eu não vou dividir com ninguém agora.
Eles passaram por um grupo que dançava perto da fogueira, e alguns guerreiros, vendo o casal fugir, começaram a assobiar e bater palmas. Clarice sentiu o rosto esquentar, mas a mão dele segurava a sua com firmeza, como se não houvesse força no mundo capaz de separá-los.
Ares não parou a