O burburinho da vitória ainda ecoava pela vila, misturando risos, uivos e o compasso grave dos tambores. O ar carregava o perfume de fumaça das tochas e das pétalas de jasmim que a matilha lançava ao vento, celebrando o fim da guerra. Clarice observava aquela cena como quem ainda não acreditava que estava viva, que tudo havia terminado — e que Ares estava ao seu lado.
Entre os rostos que vinham cumprimentá-la, um se destacou.
Kaelen.
O beta caminhava com passos firmes, mas o olhar… o olhar carregava um peso que Clarice reconheceu. Era algo entre surpresa, respeito e um arrependimento que parecia vir de muito longe.
Ele parou diante dela. O silêncio que se formou entre os dois era quase palpável.
— Então… comandante Clear… — começou, a voz grave e controlada. — Na realidade é Clarice Winsper.
Clarice manteve o queixo erguido, os olhos fixos nos dele. Não havia desafio em seu olhar, apenas paciência. Ela queria ouvir o que ele tinha para dizer.
Kaelen inspirou fundo, desviando por um in