A vila acordava devagar, sentindo nas entranhas o que as palavras ainda não ousavam nomear: algo havia sido rompido na noite anterior. Não com violência… mas com verdade.
Clarice permaneceu no templo até o primeiro raio de sol tocar o chão da clareira. Sentada em posição de vigília, com os olhos semicerrados e as mãos repousadas sobre os joelhos, ela absorvia os resquícios do que fora sentido — ou talvez despertado.
Lyanna também estava em silêncio.
Estamos esperando, não estamos?, ela murmurou enfim.
Sim. Mas não por medo. Esperamos porque agora sabemos a forma daquilo que virá.
Clarice abriu os olhos e se levantou. Não havia tremor em seus músculos, embora sua alma estivesse exausta. O ritual na Garganta da Mãe havia revelado a rachadura na linha do tempo — e algo dentro dela estava se reorganizando para suportar o impacto.
Ao sair, encontrou Kaelen de prontidão.
— Os anciãos pediram uma reunião no salão da sabedoria. — disse ele. — Idran já está lá. Ares também.
Ela assentiu. Kael