Capítulo 12

“Às vezes, me pergunto se alguém teria sentido minha falta se eu tivesse desaparecido naquela noite…”

O fogo consumiu tudo em questão de minutos. O calor das chamas ainda queimava sua pele, mesmo tantos anos depois. Era uma memória viva, uma cicatriz que o tempo nunca curou.

Eu tinha apenas doze anos quando perdi tudo. O cheiro da fumaça, da carne queimada, do medo — tudo se misturava nas lembranças como um pesadelo que nunca esqueci.

“Fique em silêncio, minha pequena, e não saia daqui por nada.”

A voz da minha mãe era a última coisa que lembrava com nitidez antes da escuridão. Antes do massacre. Antes da casa ruir.

E obedecei. Porque sempre fui obediente. Uma boa menina. Uma filha que escutava.

O silêncio que veio depois foi pior do que qualquer barulho. Era o silêncio da ausência. O silêncio da perda. O silêncio da solidão.

Quando o sol nasceu aquele fatídico dia, mas até ele estava triste por tudo que a lua presenciou, eu estava suja, com os joelhos ralados e os olhos ardendo de t
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