Capítulo 11
Quando deixei Clarice ajoelhada no chão frio da cozinha, não olhei para trás. Não podia. Se visse de novo aquele par de olhos marejados, talvez... Só talvez, eu não conseguisse manter o que restava de minha convicção.

Minhas botas pisaram na dor dela como se nada fossem — como se eu mesmo não estivesse sangrando por dentro.

Mas eu estava.

E o pior de tudo era não poder admitir. Nem para mim mesmo.

Voltei à festa com o rosto sereno, o andar firme. Quando cruzei novamente os arcos do pátio, os risos da matilha me abraçaram como se o mundo estivesse em ordem.

Mas minha decisão havia sido tomada. Eu a rejeitei. Clarice Winsper, ômega, uma cozinheira da matilha, fraca. Tinha que ser fraca. Minha companheira. Minha maldição. Eu a rejeitei.

Atravessar os corredores até o pátio principal foi como marchar sob brasas. Cada passo ardia com o cheiro dela ainda preso em minha mente, a fogueira e as vozes das pessoas ecoaram quando a luz da celebração me envolveram e eu vesti minhas arma
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