A noite caiu com um peso diferente sobre Thunderwoof. Não era apenas o céu que escurecia — era o prenúncio de algo que se aproximava pelas sombras, sorrateiro, como uma besta ancestral que respirava fundo antes do ataque.

Clarice estava de pé na sacada do quarto de Ares. Os cabelos soltos dançavam ao sabor do vento gélido, e seus olhos varriam a mata como se pudessem decifrar o que o destino escondia. Ainda sentia o toque das mãos dele na pele, o gosto da noite anterior ainda preso nos lábios. Mas era mais do que desejo o que apertava seu peito agora. Era o pressentimento.

Algo se aproxima, Clear... Algo sujo.

Você sente também, Lyanna?

Sinto. Não é só cheiro. É energia podre, rastejando pelo solo como veneno.

A porta atrás dela rangeu, e Ares apareceu com uma toalha no ombro, ainda com os cabelos molhados e o peito nu. O olhar dele foi direto para ela. E ficou.

— Está fria. — Ele se aproximou e a envolveu por trás, envolvendo os braços ao