Capítulo 118

A noite caiu com um peso diferente sobre Thunderwoof. Não era apenas o céu que escurecia — era o prenúncio de algo que se aproximava pelas sombras, sorrateiro, como uma besta ancestral que respirava fundo antes do ataque.

Clarice estava de pé na sacada do salão cerimonial, as mãos apoiadas na pedra fria, sentindo o vento carregar as murmurações dos espíritos da floresta. A brisa vinha carregada de umidade e um cheiro que não pertencia àquela estação — enxofre, como dissera Vel Faris. Um odor antigo, ritualístico. Um chamado.

Lyanna...?

Estamos sendo observadas. Mas não por olhos mortais.

Ela fechou os olhos. O fogo dentro da urna adormecera, mas ainda pulsava sob a pele, em runas que agora subiam discretamente até sua clavícula. A Deusa não dormia. E o selo não havia sido tocado em vão.

Passos firmes se aproximaram. Ares.

— Os guardas dobraram as patrulhas ao sul. Idran mandou conjuradores para reforçar os limites da barreira mág
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